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A Escola Politécnica da UFRJ realizou a sua tradicional Cerimônia de Colação de Grau de forma remota, um evento que vai entrar para a história da Escola, oficialmente outorgando grau aos concluintes de 2019/2. As cerimônias foram divididas por turmas e transmitidas ao vivo no canal da Escola Politécnica no YouTube em dias diferentes.
Os oito alunos formandos do curso de Engenharia de Computação e Informação (ECI) colaram grau na cerimônia remota do dia 22/5 (sexta) e homenagearam o Professor Daniel Ratton Figueiredo, escolhido como Paraninfo da turma, a funcionária Cláudia Helena Prata, atual secretária do curso, e o Professor Heraldo Luís Silveira de Almeida. A cerimônia foi gravada e está disponível no Youtube, basta clicar aqui.
Parabéns aos formandos e aos nossos homenageados! Parabéns especial ao Lucas Barcellos Oliveira que obteve o maior CRA (um incrível 9,3) dentre os formandos de todas as turmas desta colação (empatando com uma aluna) e fez o juramento!
Abaixo foto durante participação remota (da esquerda para a direita, de cima para baixo): Daniel Ratton Figueiredo (Paraninfo), Bernardo Cardoso Cordeiro, Eduardo Fernando dos Santos Araujo, Lyang Higa Cano, Yuri Vasquez Fernandes, Bernardo Dornellas Cysneiros Gomes de Amorim, Lucas Barcellos Oliveira, Vinicius Almeida Alves, Erik Fernandes Tronkos, Heraldo Luís Silveira de Almeida (Prof. Homenageado).

Foi tornado público ontem o maior estudo populacional já feito para a Covid-19. Esse estudo, realizado pelo governo da Espanha, utilizou uma amostra, estatisticamente selecionada, de pouco mais de 60.000 pessoas. Pelo tamanho muito grande da amostra trata-se de um enorme estudo longitudinal. O objetivo é, a partir desta amostra, estimar a prevalência na população espanhola. Foram colhidas três amostras independentes de cada um dos participantes com o objetivo de verificar a existência de anticorpos para o vírus da Covid-19.
Infelizmente os resultados são muito preocupantes, para não dizer totalmente desanimadores. A prevalência estimada de anticorpos IgG é de 5% com um intervalo de confiança de 4.7 a 5.4. Portanto a parcela da população que possui imunidade é muito pequena e 95% dos espanhóis continuam suscetíveis à doença. Isso quer dizer que podemos esquecer completamente a possibilidade de conseguir imunidade de rebanho como consequência da onda da doença. Na imunidade de rebanho o número de pessoas que pode se infectar é pequena o suficiente para que o vírus tenha dificuldade de circular. Classicamente, se considera que existe essa imunidade a partir de 60 ou 70% da população imunizada. A conclusão clara é que a única solução será mesmo investir em cuidados de distanciamento social até que chegue a vacina.
No Brasil, que está, pela desorientação central, fazendo um LockDown a meia bomba, são 2 os caminhos possíveis:
1)- Endurecer esse isolamento o mais rapidamente possível e torna-lo mais inteligente, para que possa ser duradouro; ou
2)- Conviver por MUITO TEMPO com taxas de 1.000 a 2.000 mortes por dia. Muito tempo podem ser meses, vários meses. Essas taxas de mortalidade significam um Maracanã lotado de mortos a cada 2 meses, ou menos tempo.
O estudo espanhol demonstrou que a mortalidade é 1,1 % (no Brasil deve ser um pouco menor pela distribuição etária da população, mais jovem que a espanhola). Importante ter atenção que a estimativa é de 1,1% do total de infectados, e não dos casos testados, divulgados pela imprensa, para os quais a maioria fez o teste por ocorrência de sintomas. Fazendo uma conta rápida, se o vírus contaminar a 20% da população, morrerá 0.2% da população brasileira, cerca de 450 mil pessoas. Isso, importante que se diga, sem levar em conta todas as outras mortes ocorridas como consequência de um sistema de saúde saturado. No momento não tem UTI pra enfartados, não tem cirurgias oncológicas, não tem exames preventivos etc, etc.
Diante desse quadro, apoiado em base cientifica sólida, não há dúvidas que o ensino a distância e o trabalho remoto vieram para ficar por muito tempo, não será apenas uma solução temporária de curto prazo. E claro, sem um comando central que permita por exemplo uma campanha cientificamente estruturada de esclarecimento para a população, apesar dos esforços capilares e distribuídos de governadores, prefeitos e da sociedade civil, esse processo poderá ser muito mais longo e muito mais doloroso. Até esse momento, a luz no fim do túnel é do trem que vem em sentido contrário.
Carlos Eduardo Pedreira
O Programa Interdepartamental de Tecnologias Digitais para o Setor de Petróleo e Gás, PRH04 da ANP, é integrado pelos Programas de Pós-Graduação da COPPE em Engenharia Química, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e Engenharia de Sistemas e Computação bem como os cursos de Engenharia da Escola Politécnica da UFRJ em Petróleo, Automação e Controle e Computação.
Neste momento, estamos iniciando o processo de seleção de bolsistas de mestrado (3 bolsas), de doutorado (1 bolsa) de pós doutorado (1 bolsa).
Os Programas devem indicar candidatos com perfil acadêmico e Plano de Trabalho relacionado com as linhas de pesquisa do PRH04, segundo as regras de indicação de bolsistas de cada Programa. Interessados entrar em contato (remoto) com o respecitvo orientador.
Idem para a chamada para seleção de bolsista de Pesquisador Visitantes (1 bolsa).
A seleção dos bolsistas foi realizada pelo Comitê Gestor do PRH04.
Clique aqui para a Chamada Pública do Processo Seletivo MSc DSc E Pos-Doc PRH04.
Clique aqui para a Chamada Pública de Pesquisador Visitante.
Clique aqui para o Resultado do Processo Seletivo.
Muitos países ainda não foram atingidos pelo novo coronavírus (COVID-19). Outros já o foram e outros estão em fase aguda dessa pandemia. Para atender as demandas de sobrevivência de camadas da sociedade humana que têm de confinar-se, há urgência de ação concomitante em, pelo menos, cinco diferentes colunas:
• criação de serviços de distribuição de bens essenciais, tais como comida, medicamentos, botijões de gás, roupas, eletricidade, água etc.;
• manutenção dos serviços de saúde;
• manutenção das redes de abastecimento de energia elétrica, água, gás, telecomunicação, entre outras, bem como dos serviços de segurança, por meio da polícia e dos bombeiros;
• manutenção e estímulo à educação e cultura, por meio das vias de comunicações a distância (televisão, internet etc.).
E ainda o combate ao COVID-19 que é a gestão preventiva, protetiva, planejada e programada da aglomeração de pessoas. Tudo isso em tempo de guerra.
Nós que estamos envolvidos nas áreas de pesquisa operacional, matemática, matemática aplicada, ciência da computação, estatística, engenharias temos de nos organizar visando a propor soluções para as Comunidades, os Municípios, os Estados e a União. Nossas instituições de educação superior, além do trabalho que já vêm fazendo, deveriam também conversar com prefeituras, governos estaduais e governo federal e reunir conosco.
No Brasil, as sociedades científicas tais como a Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional (SOBRAPO), Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC), Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Engenharia (ANE), entre outras do ramo poderiam também com suas representações regionais procurar o poder constituído local propondo possíveis soluções para os problemas de transporte e de localização de novos locais de atendimento e de distribuição de bens essenciais.
Há problemas federais, estaduais, municipais e comunitários. Poderemos atuar em todos esses níveis.
Não devemos esperar para ver.
Nelson Maculan Filho
Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PESC/COPPE)
Pesquisadores da Coppe/UFRJ mapearam o índice de risco de contaminação dos trabalhadores brasileiros pelo Coronavírus, de acordo com suas atividades profissionais. De acordo com o estudo, 2,6 milhões de profissionais da área de Saúde apresentam risco de contágio acima de 50%. Dentre eles, os mais vulneráveis são os técnicos em saúde bucal, um total de 12.461 profissionais, com 100% de risco de contágio em função do ambiente e da proximidade física com os pacientes.
Vendedores varejistas, operadores de caixas, entre outros profissionais do comércio que, juntos, somam cerca de 5 milhões de trabalhadores no país, apresentam, em média, 53% de risco de serem infectados pelo Covid-19. Caso as aulas não tivessem sido suspensas, os professores também estariam no grupo de profissionais mais afetados, com índice de risco acima de 70%.
Liderado pelo pesquisador Yuri Lima, do Laboratório do Futuro, sob a coordenação do professor Jano Moreira de Souza, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, o estudo foi um dos temas de destaque no jornal O Globo, neste domingo, 05/04.
De acordo com o pesquisador da Coppe, o impacto do Coronavírus vai mudar a dinâmica do mercado. A tendência é que haja uma modificação nos modelos de negócios das empresas. Os empresários já devem estar avaliando como gerar receita sem depender de aglomerações em seus estabelecimentos, seja no comércio ou na indústria.
Notícia do Planeta Coppe Notícias saiba mais clicando aqui.